quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Mais de 75% dos homicídios do primeiro quadrimestre não foram investigados

O Procurador-Geral de Justiça, Rinaldo Reis Lima, e a Coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Criminais (Caop Criminal), promotora de Justiça Luciana Andrade D'Assunção, concederam entrevista, para apresentar o primeiro relatório quadrimestral do projeto institucional para combate a subnotificação de homicídios no Rio Grande do Norte.

De janeiro a abril deste ano, o relatório mostrou 550 vítimas de execução nos municípios monitorados. Desse total, apenas 135 chegaram até o Judiciário após instauração de inquérito policial. O que significa que 75,45% dos homicídios não foram investigados.

Para se ter ideia da diferença entre os crimes registrados e os subnotificados, no ano passado foram abertos inquéritos para investigar 299 homicídios e encaminhados à justiça, enquanto 1.600 crimes de execução não passaram por qualquer tipo de registro e investigação.

A situação mais grave se dá nos mais populosos municípios do Estado; só em Natal já foram registrados 200 homicídios sem inquérito, em Mossoró 60 e Parnamirim, 41, em relação aos quatro primeiros meses de 2014.

O objetivo principal do levantamento dos dados é acompanhar essas investigações dos casos e traçar o mapa da violência no Estado, além de buscar e assegurar a cobertura de todas as mortes provenientes de execução. O município de Assu teve quase 100% dos homicídios encaminhados à justiça.

O Procurador-Geral de Justiça e a Coordenadora do Caop Criminal, Luciana D'Assunção, apresentaram todas as informações apuradas e organizadas dentro de uma planilha, detalhando cada crime, sua localidade e se passou por algum tipo de registro ou investigação por parte da polícia, bem como se houve consolidação dos procedimentos primários de algum crime.

Jornal de Fato

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