segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Número de animais recolhidos nas estradas aumenta 14,6% no primeiro semestre

 
Animais nas estradas são uma das principais causas de acidentes
 
Segundo dados de balanço divulgado pela 15ª Superintendência da Delegacia de Polícia Rodoviária Federal (PRF), o número de animais recolhidos nas estradas da região, nos seis primeiros meses deste ano, é de 628, número 14,6% maior do que o mesmo período do ano passado.

De acordo com Edinaldo Fernandes, inspetor da PRF na 4ª Delegacia, que compreende Mossoró e região, o aumento no número de animais nas estradas tem relação direta com o abandono de jumentos e cavalos, antes utilizados para transporte de água e locomoção, e hoje substituídos por motocicletas, ciclomotores e carros.

"Cerca de 90% dos animais que recolhemos em estradas não têm dono, estão abandonados e caminham para as estradas causando os acidentes. Intensificamos os trabalhos no último ano, e isso pode ser um motivador para o crescimento destes números", comentou o inspetor.

O oficial explica que desde o final de 2013, a PRF se aliou ao Departamento da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) para aumentar o recolhimento de animais. "Estamos trabalhando lado a lado com a polícia estadual, usamos um "carro boiadeiro" para recolher esses animais e intensificar as operações", destacou Edinaldo.

Ele comentou que pelo menos duas vezes por semana a PRF registra acidentes relacionados a animais abandonados nas estradas. Edinaldo explica que muitas pessoas não procuram a polícia em casos como esse, com medo de retaliações e processos por parte dos proprietários dos animais desconhecidos, o que diminui os registros oficiais.

Inspetor diz que consumo de carne de jumento é viável

Durante o primeiro semestre deste ano, uma grande polêmica se criou por conta do consumo da carne de jumento. O debate ganhou corpo exatamente pelo número de acidentes nas estradas causados por jumentos abandonados e que vagueiam pelas estradas do Estado.

Para o inspetor Edinaldo Fernandes, a discussão acerca do consumo desse tipo de carne é fundamental, inclusive para poupar vidas que se perdem nos acidentes envolvendo animais. Para ele, a carne de jumento pode sim servir de alimento para humanos, desde que passe por processos de tratamento e higienização como à de outros animais.
 
"Eu não vejo problema nenhum em se comer a carne de jumento. Ela é uma carne como a de qualquer outro animal e está disponível em abundância. Se for feito um tratamento, com os procedimentos de assepsia padrão, não há por que não comer. Isso evitaria acidentes que têm vitimado dezenas de pessoas todos os dias", conclui.
 
Jornal O Mossoroense

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