terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Programas de governo evitam catástrofe no sertão potiguar

Pequenos produtores conseguem boa produção, mesmo sem água em abundância na região

Os últimos números divulgados pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, no mês de novembro, revelam os estragos causados pela seca de 2014, uma das mais devastadoras dos últimos anos, levando em conta os inúmeros programas de convivência com a seca desenvolvidos em todo o semiárido brasileiro. “Se não fossem os programas sociais desenvolvidos pelo Governo Federal, em parceria com os governos estaduais, municipais e entidades de apoio ao homem do campo, a seca de 2014, acrescido do que já vivenciamos em 2012 e 2013, muita gente teria morrido de fome e cede em nossa região”, a afirmação é feita pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar de Messias Targino (SINTRAF), Genésio Pinto Neto, “Pôla Pinto”.

A afirmação feita pelo sindicalista e vice-prefeito da cidade não é nenhum exagero. Basta andar pelo interior do estado para se ter uma ideia do que representa esses programas na vida de quem mora no campo. A construção de cisternas, perfuração de poços, financiamento para produção agrícola irrigada, entre outros programas, minimizam a situação dos pequenos produtores rurais.

As Feiras Agroecológicas, na região Oeste do Rio Grande do Norte, são exemplos da importância dos programas para sobrevivência dessas famílias, mesmo com a longa estiagem que atinge o estado. Além da comercialização semanal dos produtos orgânicos, os produtores buscam novas alternativas para elevar a produção e a renda. Projetos governamentais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), são alternativas para garantia de renda para os pequenos produtores.

Em diversas cidades da região, como Mossoró, Apodi, Governador Dix-sept Rosado, Caraúbas, Patu, Messias Targino, Janduís, Campo Grande entre outros, o que não faltam são exemplos de famílias e até comunidades inteiras que resistem às adversidades do clima desfavorável, através da organização e apoio técnico que recebem desse projeto.

“Com a construção de cisternas e barragens que vêm sendo construídas pelo Centro Padre Pedro Neefs e o Sintraf, em Janduís, que serviu de exemplo para outros municípios da região, vai ser possível garantir o aumento na produção da agricultura familiar na cidade”, destacou o sindicalista Raimundo Canuto de Brito, da cidade de Janduís, durante as comemorações pelos oito anos da Feira Agroecológica na cidade.

Lúcia Silva, representante dos feirantes de Janduís, destaca a importância do projeto para sua família. Segundo ele, tem sido os programas de incentivo aos pequenos produtores rurais que garantem a sobrevivência de muitas famílias. “A água por aqui nunca chegou de forma fácil, mas com os programas, passamos a usar de forma mais controlada a água e, mesmo com água em menor quantidade conseguimos produzir”, afirmou.

Jornal de Fato

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