quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Apodi/RN corre risco de colapso no abastecimento

Carros-pipa transportam, em média, 350 mil litros de água diariamente de Apodi

Fabiano Souza/Jornal de Fato

Mesmo com o segundo maior reservatório de água doce do Rio Grande do Norte e um lençol freático aquífero que garante grande capacidade de vazão de água, a população de Apodi enfrenta uma das piores crises de abastecimento do interior do Estado.

De acordo com informações do blog Apodiário, de responsabilidade de Jânio Duarte, mais de 120 comunidades do município de Apodi e alguns bairros estão sendo abastecidos por caminhões-pipa, em consequência da seca dos últimos três anos. A situação pode se agravar ainda mais com a perspectiva de mais uma seca, já que a previsão de chuvas para os próximos três meses deve ficar 45% abaixo da média normal.

Além de Apodi, outros municípios da região estão recebendo atendimento através de carros-pipa, para isso são utilizados 150 caminhões.

De acordo com Jerlânio Moreira, coordenador da Defesa Civil de Apodi, somente através de Apodi é feita diariamente a distribuição de 500 carregamentos de água para atender a necessidade dessas comunidades dos municípios da região.
No caso específico de Apodi, além dos caminhões que atendem ao programa, a prefeitura de Apodi está disponibilizando um caminhão extra que atende casos de emergência. “São sete veículos da defesa civil, contamos ainda com o caminhão da prefeitura que realiza diariamente uma média de seis carregamentos”, acrescentou.

Segundo ele, a situação é preocupante, tendo em vista que mesmo com todo o potencial hídrico de Apodi, a situação tende a se agravar com a possibilidade de mais um ano de seca.

“O programa operação pipa funciona há 10 anos na região e o município de Apodi por deter grande capacidade hídrica é quem abastece toda região Oeste e Alto oeste. São mais de 150 carros-pipa diariamente levando água do nosso município. Cada carro-pipa desse realiza em média de 3 a 4 viagens diariamente”, destacou o coordenador da Defesa Civil.

Segundo ele, para atender à distribuição de água para os municípios o programa conta com três poços. “Estamos numa situação crítica, pois entramos no quarto ano consecutivo de seca e a previsão não é nada animadora. Corremos o risco de termos um colapso de água nos próximos meses, já que além do baixo nível dos reservatórios, os aquíferos também têm se reduzido suas vazões”, acrescentou.

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