quarta-feira, 8 de junho de 2016

Menina de 14 anos é vítima de estupro coletivo e madrasta flagra ato no Piauí

Vítima chega à Gerência de Polícia do Interior para prestar depoimento (Foto: Beto Marques/G1)

Uma garota de 14 anos foi vítima de um estupro coletivo na cidade de Pajeú do Piauí, distante 460 km de Teresina, no Sul do estado. De acordo com a polícia, quatro pessoas são suspeitas de participação no crime, entre elas, três adolescentes. O crime ocorreu na noite dessa terça-feira (7) em um ginásio poliesportivo e, segundo a polícia, a menina foi encontrada desacordada pela madastra em um dos banheiros do local, que ainda chegou a flagrar o ato criminoso.

De acordo com o delegado Willame Morais, gerente de policiamento do interior, a menina relatou que conhecia um dos suspeitos e já teria tido um relacionamento com ele. Ainda conforme o delegado, um dos rapazes ofereceu coca-cola à garota e ela disse não lembrar do que aconteceu após tomar o refrigerante. Em depoimento à polícia, os suspeitos falaram que ofereceram bebida alcoólica e que o ato sexual teria sido consentido.

“Nós temos aí uma garota de 14 anos, possivelmente sob efeito de bebida alcoólica ou outra substância, fatos que por si só já caracterizam o estupro”, falou o delegado.

Segundo relato de uma testemunha, que não quis se identificar, a madastra comentou que a menina saiu de casa por volta das 16h de casa para ir ao ginásio. Às 18h30, a mulher percebeu que a enteada estava demorando e resolveu ir procurá-la. Ao chegar ao ginásio, a madrasta flagrou a menina ser estuprada e ainda tentou segurar um dos rapazes, mas todos conseguiram fugir pulando o muro do local. A adolescente estava desacordada.

Ainda na noite de terça-feira a menina foi encaminhada para Teresina para ser submetida a exames e na manhã desta quarta-feira (8) recebeu atendimento no Serviço de Atenção a Mulheres Vítimas de Violência Sexual (Sanvis) na Maternidade Dona Evangelina Rosa.

Vítima e familiares irão prestar depoimento a uma delegada na Delegacia Geral ainda nesta quarta. Os três adolescentes foram apreendidos e o adulto detido. Todos estão na delegacia de Canto do Buriti.

Outros casos de violência sexual

No dia 20 de maio, quatro adolescentes foram apreendidos e um rapaz de 18 anos foi preso por suspeita de participação no estupro coletivo de uma garota de 17 anos, encontrada em uma obra abandonada, amarrada e amordaçada. Seis dias após as detenções, uma decisão judicial mandou que os menores fossem liberados da delegacia. Eles seguem sendo investigados em liberdade.

Os advogados dos adolescentes suspeitos, Osorio Filho e Paulo de Tarso, afirmaram que vários pontos mostrados na investigação mostram que não houve participação dos jovens no crime. Segundo os advogados, a vítima não reconhece os quatro adolescentes como sendo seus agressores.

Um outro estupro coletivo ocorrido em Castelo do Piauí, Norte do estado, chocou o país pelos requintes de crueldade praticados contra quatro amigas que saíram para fotografar em um ponto turístico da cidade. O crime aconteceu no dia 27 de maio do ano passado.

Quatro menores e mais um adulto, identificado como Adão José da Silva Sousa, foram apontados pelo Ministério Público Estadual e pela polícia como autores da série de atrocidades cometidas contra quatro garotas que foram estupradas, agredidas e arremessadas do alto de um penhasco de cerca de 10 metros de altura. Uma delas, Daniely Rodrigues, não resistiu aos graves ferimentos e morreu após 10 dias internada na UTI do Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

Na semana passada, o Tribunal de Justiça do Piauí não aceitou a tese de que os três adolescentes condenados pelo estupro coletivo de Castelo do Piauí não tiveram participação no crime e foram obrigados admitir culpa. O recurso da Defensoria Pública, julgado nesta sexta-feira (3), pedia a absolvição dos jovens por falta de provas, mas o argumento não foi aceito pelo pleno do TJ, que decidiu pela manutenção da medida sócio educativa. O quatro adolescente envolvido, foi espancado até a morte dentro do alojamento do Centro Educacional Masculino (CEM) quando já cumpria medida socioeducativa.

G1

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