quarta-feira, 29 de junho de 2016

Vendedora, mãe e estudante ao mesmo tempo: “Nosso trabalho não é reconhecido"

Foto: Josemário Alves / MH

Por Josemário Alves/Portal Mossoró Hoje

Após discussão com as Centrais Sindicais, o presidente interino Michel Temer decidiu voltar atrás em relação à ideia de implantar a idade mínima de aposentadoria para 65 anos, independente do sexo masculino ou feminino.

A proposta agora é manter a idade mínima da mulher menor do que a dos homens, em virtude das atividades exercida pelas mulheres no mercado de trabalho.

De acordo com as Centrais Sindicais, além do trabalho, as mulheres precisam cuidar das tarefas de casa, dos filhos e, muitas vezes, estudar, comprovando que elas trabalham mais do que os homens e recebem menos ao longo da vida profissional.

É o caso da mossoroense Marta Nunes, que além de trabalhar como vendedora, precisa cuidar de duas filhas pequenas e manter o curso de administração na Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA). “Trabalhamos muito e nosso trabalho não é reconhecido”, afirma.

“Às vezes a gente não tem tempo para nada. Chega em casa é aquela correria, cuidar de filho, botar uma para a escola, outra para a babá ficar, depois ir estudar, é sempre cansativo. Às vezes não tenho tempo nem para mim mesmo”, contou Marta ao MOSSORÓ HOJE.

Pesquisa do IBGE mostra que, entre 2000 e 2010, a participação da mulher no mercado de trabalho e os salários pagos a elas cresceram, mas continuaram inferiores aos dos homens. A jornada total de trabalho delas, incluindo as atividades domésticas, soma 56,4 horas semanais, quase cinco horas superior à masculina.

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