domingo, 18 de setembro de 2016

Empresários e políticos na mira do MPRN por pagar por serviços sexuais de 'meninas virgens'

 
Por Cezar Alves/Portal Mossoró Hoje

Os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – GAERCO, dando continuidade a Operação Arcanjo que realizaram em 2010, investigam o envolvimento de empresários, servidores públicos e políticos que pagavam por favores sexuais de “meninas virgens” com idade de até 17 anos em Apodi, Mossoró e Natal.

Na operação Arcanjo, a Primeira Promotoria de Justiça de Apodi, em 2010, conseguiu desfazer um grande esquema de prostituição infantil. Entre os presos por agenciar menores estava Geraldo Cosme de Andrade Junior e Meirella Karlla Fernandes. Estes dois terminaram condenados respetivamente a 8 e 48 anos de prisão.

A decisão foi assinada pela juíza Kátia Cristina Guedes Dias, da Varia Criminal de Apodi. Meirella Karla, que é conhecida por Karlão, recorreu da decisão, porém, no final do mês de agosto, a Justiça confirmou a sentença, tendo transitado em julgado.

Diante da expedição da ordem e prisão para o cumprimento da sentença, o delegado Renato Silveira Oliveira cumpriu a ordem prendendo a agenciadora de menor Meirella Karlla Fernandes em Apodi e transferindo para o Centro Penal Doutor Mário Negócio, onde se encontra. Passados seis anos, o trabalho de investigação continua.

Desde o início, conforme os policiais ouvidos pelo MOSSORÓ HOJE, a investigação corre em segredo de Justiça. A partir da condenação transitada em julgado, os investigados e processados, assim como as jovens vítimas, estariam sendo intimadas para prestarem novo depoimento as autoridades do Ministério Público Estadual.

Conforme apurou o MOSSORÓ HOJE, o alvo das investigações agora são empresários, políticos, profissionais da área de saúde, servidores públicos, entre outros, que pagavam por favores sexuais, através de Meirella Karlla a 36 mulheres, em Apodi, Mossoró, Assu e Natal.

Entre os “clientes” investigados chama atenção nomes de mossoroenses e de estrangeiros. Estes, conforme testemunhas ouvidas pelo MOSSORO HOJE no bairro Rodoviária, em Apodi, tinham preferência por meninas com menos de 17 anos e virgens. Pagavam muito dinheiro.

Os depoimentos colhidos pelo MOSSORO HOJE já estariam com o Ministério Público Estadual, sendo analisados a veracidade com muito cuidado e zelo.

A investigação, que nasceu na Primeira Promotoria de Justiça de Apodi, conta com apoio de 11 promotores de Justiça, além da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Policia Civil e agora, conforme as fontes ouvidas pelo MOSSORÓ HOJE, também a Polícia Federal.

As investigações tiveram um tempo paradas, mas ganhou um novo “fôlego” com a disposição de vítimas e também envolvidos nos agenciamentos de abrir o jogo. O MOSSORÓ HOJE tentou ouvir promotores e delegados do caso, mas todos afirmaram que não iam falar.

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