quarta-feira, 10 de maio de 2017

O sonho dele era ser delegado da Polícia Federal, diz amigo do estudante de direito morto em Mossoró

 
O taxista e estudante de direito Francisco Leonardo Fernandes Almeida, de 33 anos, que foi executado com dois tiros na nuca dentro do seu taxi na noite desta terça-feira, 9, em Mossoró, cursava a faculdade de direito para ser delegado da Polícia Federal. Ele é a vítima de número 94 de Condutas Violentas, Letais e Intencionais em Mossoró, só no ano de 2017.
 
O corpo do acedêmico de direito foi encontrado na região sul de Mossoró, nas margens da BR 304, por policiais da Força Tática, da Policia Militar. Ele havia sido baleado duas vezes na nuca e a bala transfixou a cabeça e acertou no parabrisa do veículo que trabalhava para custear a família e a faculdade. 
 
O óbito de Francisco Leonardo Fernandes Almeida foi confirmado pelo SAMU. O corpo foi removido pelo Instituto Técnico-cientifico de Policia (ITEP) e o caso será investigado pelo delegado Rafael Arraes, da Divisão de Homicídios e Defesa da Pessoa, de Mossoró. A princípio, nem a Polícia Civil e muito menos a Polícia Militar tem informações do que teria ocorrido.
 
Ao MOSSORÓ HOJE, os amigos de trabalho e colegas de faculdades relataram que Francisco Leonardo era muito tranquilo, educado, prestativo e sempre disposto a ajudar quando solicitado. Trabalhava de taxista apenas para pagar os custos da faculdades de Direito que Cursva na UNP. "O grande sonho dele era cursar esta faculdade de direito e fazer um concurso para ser delegado federal. Era o sonho dele", diz o amigo pessoal e colega de trabalho Jenieferson Barreto.

Janierferson contou que ele, Francisco Leonardo e outra pessoa estavam montando uma equipe de radio taxi em Mossoró (radio taxi união), com ponto base no Supermercado Alternativo, próximo ao Cemitério São Sebastião durante o dia, e na Praça de Convivência à noite. "Ele era um cara sem ganância, muito respeitador, um irmão que que Deus me deu", lamenta Janieferson Barreto.
 
Para os estudantes de direito, colegas da vítima que conversaram com o MOSSORÓ HOJE (pedindo para não citar os nomes), o que assusta na onda de homicídios que assusta no Rio Grande do Norte, em especial Mossoró, não é a quantidade homicidios, quase 100 só este ano, mesmo número ano passado, e sim a motivação banal que leva um a tirar a vida de outro. "Estão brincando de ser Deus", diz.
 
"A motivação é o que nos coloca na linha de tiro dos matadores. Sabemos que muitos que morrem são pessoas que tem "envolvimento". Isto é um fato. Porém, o que motiva uma pessoa se sentir no direito de tirar a vida de outro é que assusta. Porque é uma indicação clara que qualquer um de nós, de qualquer profissão, pode ser morto a qualquer momento", relata o estudante, lamentando a morte prematura do colega de faculdade.

Portal Mossoró Hoje

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