sexta-feira, 29 de junho de 2018

Mesmo com braço machucado, apodiense candidato à PM na PB corre 100 metros em quase 14 segundos

 
O zootecnista potiguar Luiz Leodécio Monteiro Alves Júnior, de 24 anos, deu um exemplo de força e superação durante o Teste de Aptidão Física (TAF), do concurso da Polícia Militar da Paraíba, realizado na última segunda-feira, 25/06, em João Pessoa.
 
Léo Júnior deslocou o braço quando fazia a prova de abdominal remador e mesmo machucado não só concluiu esse exercício como ainda fez a prova seguinte, uma corrida de 100 metros.
 
Nesse teste, o candidato deveria percorrer os 100 metros no tempo mínimo de 16 segundos e, mesmo com o braço machucado, Léo Júnior conseguiu terminar a prova em 14 segundos e 27 centésimos.
 
“Nessa prova de abdominal eu ainda cheguei a concluir mesmo com o braço já machucado, e consegui me levantar para começar fazer a outra prova, só que quando eu estava me aquecendo para fazer a corrida, quando levantei o braço comecei a sentir ele saindo do canto, comecei a sentir a dor, aí a mulher me levou para a ambulância e o médico colocou meu braço no canto, só que quando eu voltei para fazer a corrida, senti a mesma dor e o braço saiu do canto do mesmo jeito, aí foi preciso eles colocarem no canto e os bombeiros colocaram aquela faixa para segurar meu braço, pra eu conseguir fazer a corrida, porque eu queria fazer”, explicou o potiguar em entrevista ao MOSSORÓ HOJE.
 
O TAF do concurso da PM é dividido em dois dias. Mesmo com toda a dificuldade, Léo Júnior conseguiu concluir o primeiro dia, porém o estado do braço comprometeu a realização do salto em altura e a corrida de 2400 metros em 12 minutos, que seriam realizados no dia seguinte.
 
“Na hora eu estava na adrenalina e imaginava as mesmas coisas que me levaram até ali, não pensei em parar. Eu queria completar as provas, porque para mim era um momento único, após estar apto eu ia me recuperar. Naquele momento eu queria dar a última gota, o gás para finalizar e conseguir a aprovação”, relatou o jovem.
 
Léo Júnior poderá tentar por meio judicial realizar novamente o teste do salto em altura, que foi o que reprovou. Por conta da situação do braço, ele não pode realizar o salto de forma satisfatória. Ele afirmou que ainda está decidindo se entrará na Justiça ou não. “O que eu mais temia era a prova de flexão em barra, porque a uns 2 meses atrás eu não conseguia fazer nenhuma. E era a prova que tinha maior índice de reprovação, já naquele concurso. Cheguei lá e fiz todas as flexões em barra, então dali em diante para mim seria fácil completar as demais provas. Mas não imaginava que fosse acontecer esse problema com meu ombro, foi a primeira vez”, lamentou. 
 
À nossa reportagem, o zootecnista, que é natural de Apodi, disse que sempre admirou à carreira policial, inclusive à Polícia Militar. Quando se formou em Zootecnia, na Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), em Mossoró, em junho de 2017, ele procurava alternativas em concurso público quando o Governo da Paraíba lançou o edital.
 
"Surgiu a oportunidade nesse concurso da PMPB e com apoio de outros amigos fui atrás. Entrei em cursinho, comprei material de estudo. O tempo de estudo foi pouco, após o lançamento do edital até o dia da prova. Mais ou menos uns 45 dias. Precisei organizar bem os horários para bater o conteúdo e deu certo”, explicou Léo Júnior, que se candidatou à vaga de Soldado da PM. 
 
Com uma rotina de estudos de 7 a 8 horas por dia, incluindo aulas em cursinho, Léo Júnior conseguiu ser aprovado para o Comando de Campina Grande, na vaga 253 de 340.

 
Portal Mossoró Hoje 

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