terça-feira, 7 de julho de 2020

Covid-19 mata pai, mãe e filha em um intervalo de duas semanas no RN

A professora Francisca Katiane do Nascimento, de 37 anos, foi a terceira vítima da Covid-19 em uma família devastada pela doença.

Ela vivia no bairro de Pajuçara, Zona Norte de Natal, com o pai, Francisco Canindé Nunes do Nascimento, e a mãe, Maria Francisca Nunes do Nascimento. 

Os três morreram com o novo coronavírus em um intervalo de duas semanas. Katiane faleceu na noite de domingo (05/07) após 10 dias internada em um hospital particular de Natal. 

Ela apresentou os sintomas da doença no dia 25 de junho e deu entrada na unidade após sentir dores no corpo e dificuldades para respirar. 

A professora, que não tinha nenhuma comorbidade, foi internada dois dias depois da morte do pai e faleceu sem saber da morte da mãe. 

Fernando Xavier, afilhado de Maria Francisca, que era conhecida como Nina, acompanhou toda a luta da família contra a Covid-19. 

"Katiane foi internada sabendo da morte do pai e toda essa situação de tristeza e choro agravou o caso dela, por isso o médico preferiu não informá-la sobre a morte da mãe", conta. 

Francisco Canindé Nunes, ou simplesmente Canindé do Rosário, tinha 60 anos e trabalhava como motorista. 

Ele era conhecido por ser uma pessoa religiosa, responsável por organizar romarias pelos santuários do Rio Grande do Norte. Canindé foi a óbito no dia 23 de junho, apenas dois dias depois de apresentar sintomas da Covid19.

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Nina tinha 59 anos e assim como a filha Katiane, também era professora. Ela morreu no dia 26 de junho, cinco dias depois de ter sido internada em um hospital de Natal. Lembrada como uma pessoa generosa, sensível e de grande coração, Nina deixa saudades na família Nascimento. 

"Eram pessoas muito especiais, madrinha Nina era uma professora séria, mas quem a conhecia sabia do coração de manteiga derretida que ela tinha. Seu Canindé também era uma pessoa que todo mundo gostava. E Katiane, a gente avistava de longe só pelo sorriso e também pela voz marcante, já que ela cantava na igreja. É muito triste e muito assustador também porque ainda existem pessoas que não levam a sério a doença", diz Fernando Xavier. 

Da família ficam duas filhas: Silvia Lya e Francisca Ticiane. Fernando lembra do processo doloroso de acompanhar a situação da família. 

"A gente tinha um grupo onde compartilhávamos os boletins médicos e fazíamos orações todas as noites. É um momento muito difícil e além de nos partir o coração, nos causa muito medo também", conta. 

Mossoró Hoje com informações G1 RN

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