quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Policial Militar é preso suspeito de envolvimento na morte do jovem Gabriel, no RN

Um policial militar foi preso nesta quarta (19/08) suspeito de envolvimento na morte do jovem Giovanne Gabriel de Souza Gomes, de 18 anos. Gabriel foi visto pela última vez no dia 5 de junho quando saiu para visitar a namorada. O corpo dele foi encontrado 9 dias depois, em avançado estado de decomposição, em São José de Mipibu.

Em coletiva de imprensa nesta quarta (19), a Polícia Civil informou que o jovem foi morto porque teria sido confundido com um assaltante. No dia do desaparecimento do jovem houve o roubo de um carro que foi encontrado posteriormente nas imediações de Emaús. De acordo com a Polícia Civil, após esse roubo, Gabriel foi abordado por policiais militares do 3º Batalhão e liberado.

Em seguida, ainda segundo a Polícia Civil, Gabriel foi abordado por policiais do 8º Batalhão como suspeito de ser o ladrão do veículo.

"A lógica indica que ele foi colocado na viatura e levado o para o local onde o corpo foi encontrado", disse o delegado Claudio Henrique. A viatura foi apreendida para perícia. A Polícia Civil confirmou que Gabriel não tinha envolvimento com o roubo do carro.

O PM preso é do 8º Batalhão, responsável pelo patrulhamento da região Agreste.
A Polícia Civil não passou nenhuma informação sobre os outros policiais militares que estavam na viatura que abordou o jovem porque seguem "em diligências sigilosas".

Relembre o caso

Gabriel deixou a casa onde vivia com a mãe, a irmã e o padrasto, no bairro Guarapes, na manhã do dia 5 de junho para ir de bicicleta à casa da namorada em Parnamirim, na Grande Natal. Ele fazia o trajeto em cerca de uma hora, mas sumiu antes de chegar ao destino. A namorada de Gabriel ligou preocupada para a mãe dele. Desde então o jovem não foi mais visto.

Familiares e amigos iniciaram a busca por Gabriel e chegaram a encontrar suas sandálias e a bicicleta em uma área de vegetação em Parnamirim. O corpo foi encontrado no dia 14 de junho com perfurações no crânio, provavelmente provocadas por arma de fogo, e com braceletes de plástico presos nos pulsos, de acordo com a perícia inicial do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep).

Um dia depois, amigos e familiares saíram em caminhada segurando cartazes e faixas com as mensagens "Quem matou Gabriel?", "Queremos justiça", "Vidas negras importam" e "Todos por Gabriel".

Gabriel era estudante e sonhava em ser militar. Ele também fazia um curso de informática na Cidade Alta em Natal e trabalhava fazendo bicos de manutenção, pintura, limpeza e encanação com o padrasto em Parnamirim, na Grande Natal. 

G1 RN

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