domingo, 28 de março de 2021

Com 70% da capacidade, Lagoa do Apanha-Peixe em Caraúbas é o reservatório com maior nível do RN

A Lagoa do Apanha-Peixe é um dos principais reservatórios do município de Caraúbas, na região Oeste do Rio Grande do Norte. A água é fonte de alimento para pescadores e beneficia agricultores de comunidades rurais de pelo menos três cidades - além de Caraúbas, Apodi e Felipe Guerra. As boas chuvas de 2020 fizeram com que o reservatório atravessasse o período mais seco do ano e chegasse em 2021 em uma situação mais tranquila para os moradores da região.

"Nossa lagoa está mais que a metade. Mas se não chover ela vai secar mais. Mesmo assim, ela é muito importante para a nossa comunidade", afirma Gentil Bezerra, comerciante que possui um balneário às margens da Lagoa do Apanha-Peixe.

Dos 47 reservatórios monitorados pelo Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (Igarn), a Lagoa do Apanha-Peixe é o que está com melhor nível. Atualmente, com 70% dos 7,5 milhões metros cúbicos de água. Mesmo assim, os efeitos da estiagem já começaram a aparecer. Para pescadores e agricultores, resta apenas aguardar por mais chuva, apra ver de novo o espetáculo da sangria.

No mesmo período do ano passado, a lagoa chegou a sangrar várias vezes, entre os meses de março e abril. Para quem vive na comunidade, apreciar o reservatório com a capacidade total é de encher os olhos. "Quando sangra, atrai muita gente. Os turistas chegam para ver, os pescadores de muitas cidades, beneficia os agricultores. Todo mundo sai ganhando, toda a comunidade em si", festeja o pescador Leilson Morais, que no último ano viveu da pesca feita diariamente no reservatório.

De acordo com a meteorologia, o período chuvoso no RN deve ficar dentro da média ou abaixo em algumas regiões. Em 2021, a situação dos reservatórios monitorados ainda é melhor que no ano passado. Segundo o relatório de volume de barragens do Igarn, as reservas hídricas totais do estado acumulam 42% da capacidade total. Em março no ano passado, o percentual era de 24%.

"Pela avaliação dos dados volumétricos, a situação é melhor e mais confortável que no ano passado. No entanto, é uma situação que merece cuidado e uma boa gestão da água para que cheguemos no próximo inverno atendendo os usos humanos e os previstos na legislação", alerta o diretor-presidente Igarn, Auricélio Costa.

De acordo com o diretor-presidente do Igarn, o inverno irregular também é um fator preocupante. "É preciso incentivar uma boa gestão do uso da água para que ela possa chegar a todas as finalidades", reforçou.

G1 RN

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