A capital potiguar receberá o
vice-presidente dos Estados Unidos Joe Biden em estado de calamidade
pública, devido aos estragos causados pelas chuvas do fim de semana, e com um protesto que promete reunir 1.200 pessoas nas proximidades do estádio Arena das Dunas, onde Estados Unidos e Gana se enfrentam às 19h. Biden chegará à cidade para assistir à partida. A segurança montada na cidade para aguardá-lo vai ter a difícil missão de desviar dos manifestantes o trajeto do comboio.
A manifestação foi convocada pelo “Movimento na Copa vai ter luta”, que reúne entidades sindicais, estudantis e movimentos populares.
— O movimento não é contra a Copa do
Mundo, mas contra as injustiças que a Copa evidencia. Estamos
protestando contra essas injustiças, como os gastos bilionários com a
construção do Arena das Dunas. Também somos contra a presença do
vice-presidente dos Estados Unidos. A presença dele e a intervenção da
Fifa afetam a soberania do país. A Fifa está anulando uma série de leis,
como a da meia entrada nos ingressos. O movimento questiona a perda de
soberania econômica e política do país para garantir o mundial —
explicou João Paulo Silva, do PSTU, um dos organizadores do protesto.
Silva acrescentou que Biden “representa o
domínio estrangeiro sob o país, através das multinacionais
patrocinadoras da Copa do Mundo. A concentração do movimento está
marcada para as 16h.
ENCONTRO COM DILMA
Joe Biden encontra-se na terça-feira com
a presidente Dilma Rousseff e com o vice-presidente Michel Temer.
Biden, que foi chamado por Dilma de sedutor, durante um jantar com
correspondentes estrangeiros no Palácio da Alvorada, vem ao Brasil
depois que a relação entre os dois países ficou abalada por conta das
revelações do ex-agente Edward Snowden de que o governo americano
monitoraria conversas de chefes de estado aliados, incluindo a própria Dilma.
A agenda da visita de Biden ainda está
sendo finalizada nesta segunda-feira. Por enquanto, está previsto em
encontro com o vice-presidente Michel Temer, no Palácio do Jaburu,
residência oficial de Temer, e, depois, uma audiência com Dilma. Biden
se esforçará para melhorar as relações
entre os dois países e reforçará a atitude do presidente Barack Obama,
que em janeiro anunciou que os Estados Unidos não devem mais monitorar
as comunicações de nações amigas.
No ano passado, por conta da revelação
de que os americanos haviam acompanhado ligações inclusive de Dilma, a
presidente cancelou uma viagem oficial que faria àquele país. Biden
tentará reconquistar a confiança de Dilma e, de quebra, tentar
convencê-la a se encontrar com Obama em Washington.
Fonte: O Globo
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