Em dois dias de paralização das aulas da rede municipal de ensino de Campo Grande/RN, os professores desenvolvem dois atos de mobilização em favor do cumprimento, pela gestão municipal, do reajuste Salarial aprovado por Lei, no valor de 33,24%.
O início da paralização é marcado por uma caminhada onde os professores saem em marcha pelas principais ruas da cidade, com paradas nas sedes da Secretaria Municipal de Educação e da Prefeitura.
O evento realizado na quinta-feira (17/03) contou com a participação do Sindicato da cidade de Upanema, representado pela Presidente Kalenia Ligia e seu Assessor Jurídico João Paulo Freire, além do Presidente da Câmara Municipal de Upanema - o Senhor Ibamar Costa.
Através do pronunciamento de falas, do uso de faixas e de gritos de ordem, o ato cívico teve como finalidade chamar atenção da população para a legitimidade e importância de suas reivindicações.
Já no segundo dia de paralização, na manhã de sexta-feira (18/03), a programação das atividades de luta da categoria seguiu intensa: um número bastante expressivo de professores segue rumo à Câmara Municipal, ocupando 100% das galerias da Assembleia Legislativa Municipal.
Com a Sessão do dia aberta, a professora Neta Pereira Brito subiu à tribuna para fazer uso da palavra. E em nome de toda a classe de professores, trouxe alguns esclarecimentos sobre a pauta da categoria, sobre os atos decorridos do contexto de desvalorização da educação, resultando na paralização de atividades escolares e, sobretudo, para cobrar dos representantes da Casa do Povo o apoio e o intermédio para a abertura de um diálogo entre a categoria e o gestor municipal – já que este tem adiado em receber a categoria em tempo hábil, e dessa maneira, com seu silêncio, até o momento, vem demonstrando desinteresse em discutir uma proposta, a despeito de todas as tentativas de negociação – via ofícios e abaixo-assinados - para o pagamento do restante do aumento: os 23,08% do Piso.
Um ponto positivo sentido pela categoria foi o apoio, declarado ao movimento, nas falas dos representantes do legislativo, sejam estes oriundos de bases políticas da situação, sejam da oposição. Seguem, portanto, com a expectativa de que os ilustres edis cumpram, de fato, com suas palavras. Afinal, a intenção é de agregar apoio de todos, tendo em vista que a bandeira por eles levantada é única: a da educação.
Em contato com a professora Neta, esta declarou: “Nós, professores que aderimos à parada, queremos informar aos pais e comunidade que não estamos satisfeitos com a situação dos nossos alunos, no que diz respeito a não estarem tendo suas aulas. Mas, infelizmente, a paralização tem sido nosso principal meio de luta, nesse momento. Pedimos, mais uma vez a compreensão e o apoio de vocês. Esperamos que todo esse impasse se resolva da melhor forma possível, sem maiores prejuízos para nós e para os nossos alunos.”
A expectativa é de que o prefeito Francisco das Chagas Eufrásio Vieira de Melo “Bibi de Nenca” receba os professores ainda na data do dia 22 de março, data essa agendada pela Secretária de Educação Luiza Vieira – via ofício -, não apenas para explanar números, mas para apresentar um posicionamento oficial de uma proposta possível de se negociar entre ambas as partes.
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