segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Henrique Alves poderá impor ao Partido dos Trabalhadores uma derrota amarga e histórica

Icém Caraúbas - Na Câmara, tradicionalmente, a presidência é ocupada pelo partido que tem a maior bancada. Nos últimos anos, PT e PMDB têm se revezado no cargo por terem eleito o maior número de deputados. Pelo acordo, que tem sido firmado desde 2007, no segundo mandato do presidente Lula, o PT tem ocupado a presidência nos dois primeiros anos de governo e o PMDB nos dois últimos.

Após a derrota na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte, do atual presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), onde se sentiu traído pelo ex-presidente Lula, que pediu votos no estado para Robinson Faria, a relação entre PMDB e PT na Câmara Federal ficou desgastada e a força de Henrique exercida sobre os parlamentarem pemedebistas poderá impor ao Partido dos Trabalhadores uma derrota amarga e histórica.
Nos bastidores do poder legislativo federal, o deputado Henrique Alves articula para fazer o sucessor e não é do PT como a presidenta Dilma Rousseff quer, isso poderá desgastar ainda mais a relação entre as duas legendas, algo que a presidenta Dilma não quer, no entanto, a ala do PT na Câmara não quer abrir mão, onde já tem até um nome para sentar na cadeira no próximo ano.

O ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, também ressaltou que a priori o PT não deve desistir da disputa pela presidência nem da Câmara nem do Senado e que "está aberto ao diálogo com todos os partidos de forma a compor uma mesa que ajude no diálogo".
A bancada do PMDB na Câmara dos Deputados aprovou, no dia 29 de outubro, a recondução do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à liderança do partido. Reeleito no último dia 5 para o quarto mandato consecutivo, Cunha exerce a liderança do PMDB desde fevereiro do ano passado e é um amigo particular de Henrique Eduardo Alves, daquele que consulta o amigo em tudo que vai fazer.
O peemedebista, amigo de Henrique é um dos nomes cotados para disputar a presidência da Câmara na próxima legislatura. Segundo o deputado, se o partido lançar um nome para o cargo, será o dele. “O que a bancada me deu foi o respaldo de que, se PMDB se apresentar candidato [à presidência da Câmara], seria o meu nome. A partir daí, no momento que a bancada me respaldou, vamos conversar sobre candidatura à presidência da Câmara com os outros partidos, construindo um arco de apoiamentos”, disse após reunião da bancada.
E se concretizando a candidatura de Eduardo Cunha, que está sendo articulada por Henrique Alves, ele poderá vingar de forma amarga e histórica a derrota que ele atribui ao ex-presidente Lula. A derrota se tornaria maior, pois a presidência da Câmara Federal é a terceira força na ordem de nossa república e a presidenta Dilma Rousseff ficaria nas mãos do PMDB, que está desgostoso com o Partido dos Trabalhadores.

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