Entrevista com a Ex-Dançarina da Banda Saia Rodada, Juliana Mariah em 15 de Janeiro 2015.
1 – Onde você nasceu? E com qual idade você começou a dançar?
Em Colônia Leopoldina no estado de Alagoas e comecei a dançar com 13 anos.
2 – Sabemos que é ex-dançarina da Banda Saia Rodada em quais outras bandas você também participou do Ballet?
Eu participei de várias bandas como: Forrozão Ponto X, Ponte do Forró, Pikap Turbina, Edu e Maraial, Arreio de Ouro, Saia Rodada e participei de gravações de Dvd’s das bandas: Roberto Vaneirão e Ferro na Boneca.
3 – Quais as maiores dificuldades encontradas por você durante o período em que esteve em bandas e qual foi à maior conquista?
A maior dificuldade pra quem trabalha como dançarina em banda, eu acho que é a distância da família que agente demora muito pra ver, e a noite de sono eu acho que todo trabalho tem o seu porém, tem suas coisas boas e tem as ruins, mas como dançarina só tenho que agradecer, acredito que tem coisas boas quando agente conhece vários lugares, pessoas que admiram o nosso trabalho, quando isso acontece eu acho que a recompensa é melhor, não tem coisa melhor do que isso. Durante esse tempo conquistei muita coisa, e tenho convicção de que cada pessoa em qualquer profissão tem condições de realizar suas conquistas, independente de ser dançarina ou não, mas o que me levou a ser dançarina eu acho que é o amor pela dança e também a satisfação de subir em cima do palco e saber que ali tem muita gente que admira o nosso trabalho, isso é uma recompensa que não tem preço.
4 – Durante o período que dançava em bandas você sofreu algum preconceito?
Ah com certeza! E quando a gente se expõem demais em qualquer coisa em qualquer profissão, principalmente como dançarina a gente sofre com um preconceito muito grande, ninguém vê como uma profissão normal, nós somos em determinadas circunstâncias muito criticadas, a gente tem que ser perfeita para a sociedade em geral e para os nossos fãs, tem que ser uma perfeição, mas não é assim. E acho que o preconceito vem muito dos homens e principalmente das mulheres que julgam só pela aparência, eu acho que isso é um preconceito muito grande que quando fala assim “Há é dançarina, o pessoal já imagina acha que não tem um respeito”, mas o que me deixava mais triste era que tinha lugares que quando eu falava que eu era dançarina, quando o pessoal me perguntavam qual era minha profissão, e eu respondia dançarina, aí alguns retrucavam, mas não tem outra profissão? Por exemplo, quando eu ia abrir uma conta bancaria o Banco não queria aceitar que eu coloca-se minha profissão como dançarina, mas eu ganhava meu dinheiro como dançarina. Isso é uma forma de preconceito e descriminação. Minhas amigas e eu sempre comentávamos sobre isso. E tudo que eu tenho hoje eu conquistei como dançarina.
5 – Em que ano você chegou a Campo Grande/RN, e o que acha da nossa cidade?
Eu cheguei em Campo Grande em 2009, há cerca de cinco anos e meio atrás. Campo Grande foi uma cidade que me acolheu muito bem, eu me sinto melhor aqui do que na minha própria cidade que é minha terra natal, eu sou nativa do estado de Alagoas, mas aqui é uma cidade que eu gosto muito, aqui eu fui muito bem recebida, e eu tento a cada momento retribuir da melhor forma possível essa confiança que as pessoas deram para mim. Campo Grande é uma cidade muito acolhedora, é um lugar maravilhoso do jeito que eu gosto.
6 – Você esteve à frente dos empreendimentos Churrascaria Sant’Ana e a Academia de Dança JM, você desistiu destes negócios?
Na verdade eu não desisti, apenas dei um tempo. No momento que eu saí da banda Saia Rodada eu resolvi abrir um restaurante que foi o restaurante Sant’ana, mas era uma sociedade com meu sogro, e eu não me adaptei com a sociedade, então preferi deixar com ele, mas está em boas mãos, e a Academia de Dança JM, surgiu a partir da ideia de algumas pessoas que queriam que eu desse aula, e com isso eu comecei a dar aula de dança, e parei com a academia pelo fato de ter sido convidada pela Prefeitura Municipal de Campo Grande para participar de um projeto social e eu preferi fazer isso e dei um tempo com a academia, mas ainda continuo dando aula de dança na comunidade do Bom Jesus e na cidade de Triunfo Potiguar/RN.
7 – No ano passado você foi Professora do Projeto Movimente-se e Viva Melhor da Prefeitura Municipal de Campo Grande/RN, como foi essa experiência?
Ah essa experiência foi maravilhosa, passei a lecionar dança no projeto a partir de um convite do secretário municipal de Desenvolvimento Social, Jean Vieira, que confiou no meu trabalho, onde passei a ensinar o que mais gosto que é a dança, foi ótimo, foi acima do esperado, superou as expectativas, o projeto está voltando agora nesse mês de fevereiro. Outra experiência muito gratificante que eu adorei foi trabalhar com os idosos, foi algo muito bom pois eu nunca tinha trabalhado com esse público, foi muito positivo.
8 – Quais os seus projetos futuros dentro da sua profissão de dança?
Meu projeto no momento é continuar desenvolvendo as aulas de dança no projeto Movimente-se e Viva Melhor e seguir minha vida pessoal e profissional normalmente, quanto ao futuro vamos ver no que vai dar, “o futuro a Deus pertence”.
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