sábado, 20 de dezembro de 2014

Voltar com o ex é um erro, diz pesquisa

Foto: FILIPPO MONTEFORTE / AFP

Que atire a primeira pedra quem nunca pensou: “Dessa vez vai ser diferente”. Mas um estudo da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, alerta que voltar com um ex-namorado ou uma ex-namorada é uma armadilha que só causa estresse. A pesquisa realizada pela doutora de filosofia Amber Vennum mostra que “relações cíclicas” (definidas pela autora como aquelas que terminam e depois reiniciam) tendem a dar errado e a fazer as duas partes infelizes.

A pesquisa foi feita com 979 jovens, de menos de 26 anos, que preencheram um questionário com perguntas sobre a duração e os hábitos do relacionamento, o nível de confiança no parceiro (numa escala de 1 a 5) e outras características da relação. Os resultados foram então analisados e transformados em uma estatística. A pesquisa concluiu que 40% dos entrevistados estavam em um relacionamento classificado como cíclico. Amber utilizou os dados do questionário para prever como cada relacionamento estaria 14 semanas mais tarde. Os casais em relações não cíclicas tiveram uma previsão melhor.

Segundo o estudo, apesar dos casais que “vão e voltam” terem relacionamentos mais duradouros, eles tendem a ser mais impulsivos em momentos de decisão. Enquanto os casais ioiô tendem dar saltos dentro de seus relacionamentos, pessoas em relações não cíclicas têm uma tendência menor a precipitarem as decisões de morarem juntas, comprarem um cão ou terem um filho.

Os participantes desses casais também têm a auto-estima mais baixa, são menos satisfeitos com o parceiro, se comunicam menos — casais cíclicos têm discurso mais ambíguo e menos conversas sérias sobre a relação — e confiam menos no relacionamento.

“Pessoas em relações cíclicas se sentem muito mais inseguras. Elas não articulam de forma clara o que querem”, diz Amber na pesquisa.

Outra preocupação da pesquisadora são os casamentos cíclicos. De acordo com ela, casais que terminam e voltam antes do casamento tendem a enfrentar uma separação litigiosa antes do matrimônio completar três anos.

O Globo

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