quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Chove 56 milímetros e Mossoró fica alagada

Lixo nas ruas, bueiros entupidos, árvores caídas e muita lama foram alguns dos cenários registrados após a chuva de ontem à tarde na cidade. De acordo a Defesa Civil, Júlio César, foram registrados prejuízos nos arredores do Sumaré, Bom Jesus e Centro
Rilson Menezes tentava amenizar a situação de água empoçada em frente a sua casa – Foto Ednilto Neves

Monalisa Cardoso – Da Redação Gazeta do Oeste

As tão esperadas chuvas, aos poucos estão chegando, para a alegria dos mossoroenses. Desde o início da semana as primeiras chuvas têm caído, a de ontem à tarde teve duração de mais de duas horas, e registrou 56 milímetros, de acordo com o meteorologista José Espínola Sobrinho, da subestação da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Mas, além do alívio para o calor e os benefícios para a agricultura, a vinda das chuvas também causou transtornos em vários bairros da cidade.

Lixo nas ruas, bueiros entupidos, árvores caídas e muita lama foram alguns dos cenários registrados após a chuva de ontem à tarde na cidade. No bairro Pereiros, moradores da Rua César Campos, próximo à margem do Rio Mossoró, sofriam com tanto lixo que se amontoou em frente a suas casas. “Na semana passada uma equipe da Prefeitura veio e limpou toda a rua, mas não adianta, aqui é fim de rua, tanto as pessoas depositam lixo, como o vento e agora, a água das chuvas trazem o lixo para cá”, disse o pedreiro e morador da Rua César Campos, Rilson Menezes.

A dona de casa Rita de Medeiros, que mora na mesma rua, reclama que os prejuízos já estão aparecendo na sua casa. “Acho que a rede de esgotos já está entupida, porque quando eu lavo a roupa, em vez de ir para a encanação da rua, a água volta e estoura na calçada, alaga tudo”, disse.

No cruzamento da Rua César Campos com a Avenida Cunha da Mota, um bueiro que todos os anos costuma jorrar água durante o período chuvoso já está apresentando o mesmo problema.

Em outros pontos da cidade, como no residencial Monte Olimpo, no bairro Sumaré, também se pode notar que a quantidade de lixo depositado nas ruas se transformou em prejuízo para os moradores, que viram as vias alagas. Ao redor do local, muito barro acumulado das construções também foi levado pela chuva.

De acordo o chefe da Defesa Civil, Júlio César, nos arredores do Sumaré e Bom Jesus, assim como no Centro, foram verificados os primeiros prejuízos. “Ontem começamos o monitoramento pelo Bom Jesus, logo após a chuva da tarde. Lá, pudemos perceber que algumas casas construídas próximo a um canal foram prejudicadas e em uma delas o muro caiu”, disse Júlio César.

Segundo ele, os moradores dessas residências serão notificados pela Defesa Civil. “Vamos notificar essas pessoas para que nos expliquem sobre as construções irregulares. Vamos começar por essa medida”, continuou o chefe da Defesa Civil.

Além das notificações, o órgão municipal também vai realizar um mapeamento nos demais bairros da cidade, que deve ser iniciado hoje. “Vamos fazer isso para identificar os locais que apresentem alguma situação de risco, para que possamos tomar as medidas necessárias”, afirmou.

Outro problema que chega com a chuva é o grande número de árvores derrubadas, o que não foi diferente ontem, como foi o caso da Praça Antônio Miranda, ao lado da paróquia de Nossa Senhora da Conceição, onde duas árvores foram derrubadas pela água e pelo vento. “Não contabilizamos ainda o número de árvores que caíram com as chuvas, mas as pessoas estão nos avisando por telefone e nós vamos até o local para verificar e solicitar a remoção da árvore, caso necessário”, continuou Júlio César.

Ontem, além do Sumaré Centro e Bom Jesus, a Defesa Civil também verificou a situação da região da Lagoa do Bispo, um dos locais que costumam apresentar problemas com as chuvas. “Estivemos na área da antiga Lagoa do Bispo, mas lá não havia problema, a água não adentrou no supermercado”, disse.

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