segunda-feira, 21 de março de 2022

Menino de 13 anos confessa que matou a mãe e o irmão porque foi proibido de usar o celular

Um menino de 13 anos confessou que foi o autor dos disparos de arma de fogo que matou a sua mãe de 47 anos e o seu irmão mais novo de sete anos, além de ter baleado e deixado gravemente ferido o seu pai de 57 anos. 

O crime aconteceu no sábado (19 /3) em Patos, na Paraíba, e, segundo depoimento do suspeito, foi cometido por motivos banais: a pressão crescente da família por notas boas e a proibição de usar o celular para jogar e para conversar com os amigos.

O menino foi apreendido pouco depois do crime e levado para a Delegacia de Homicídios e Entorpecentes da Polícia Civil em Patos. Seu depoimento foi prestado na presença de uma advogada e de uma parente. O delegado Renato Leite está responsável pelo caso.

De acordo com Renato, já é possível fazer uma reconstituição dos fatos. O pai do menino, policial militar reformado, foi à farmácia comprar um remédio para a esposa e, pouco antes de sair de casa, retirou o celular do menino, no que foi definido pela criança como sendo “a gota d’água” que desencadeou o crime.

Quando o pai retornou da farmácia, já encontrou a esposa morta, baleada quando estava deitada. Encontrou o filho com a arma na mão e pediu para ele soltar o revólver. Ao invés disso, o menino atirou no pai e o atingiu no tórax, deixando-o gravemente ferido.

Com o barulho dos tiros, o irmão do suspeito, de sete anos, correu para abraçar o pai. Acabou sendo baleado pelas costas e morrendo no local.

Ainda de acordo com o delegado, o suspeito, depois dos tiros, guardou a arma do pai e ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O pai foi levado para o hospital e está internado em estado grave.

No início, a criança negou o crime. E a própria polícia achava, a princípio, que ele era vítima, sobrevivente de uma chacina. Depois, contudo, no desenrolar das investigações, ele foi apontado como suspeito. E, na delegacia, acabou confessando.

O velório da mãe e do irmão vão acontecer numa igreja próxima da casa onde a família morava.

G1 PB

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