terça-feira, 21 de agosto de 2018

Seis homens ainda são procurados por participação direta na morte de PM em Caraúbas, RN; mandados já foram expedidos

 
Seis homens, já com mandados de prisão expedidos pela Justiça, ainda são procurados pela polícia como suspeitos de participação direta na morte do cabo da Polícia Militar Ildônio José da Silva, de 43 anos. Ele foi executado a tiros no dia 16 deste mês durante um assalto a um ônibus de estudantes entre as cidades de Caraúbas e Governador Dix-Sept Rosado, na região Oeste potiguar. Outras seis pessoas, entre elas cinco homens e uma mulher (uma estudante de Direito de 21 anos, estão presos e já foram indiciados. 
 
Segundo o delegado regional Sandro Régis, independente de os seis homens que estão sendo procurados serem encontrados ou não, o processo tem prazo de um mês para ser enviado ao Ministério Público. "Quando há suspeitos presos, o prazo é de 10 dias. Porém, como os presos também foram indiciados por organização criminosa, o prazo é maior, podendo ainda ser prorrogado. Mas, acredito que o inquérito deverá ser remetido em até 30 dias", ressaltou.

 
"Dos seis que já estão presos, um taxista e um homem em Assú vão responder por favorecimento e organização criminosa, mas não têm participação direta na morte do PM. É a mesma situação de um coiteiro que foi preso na mesma região onde aconteceu o crime, e que também não tem ligação direta com o assassinato", destacou.

"Já os dois homens que estavam como passageiros do taxista preso em Campo Grande e a namorada de um dos foragidos, que é a estudante de Direito que estava no ônibus – já que foi ela quem passou a informação para a quadrilha avisando que o PM estava armado no veículo – esses três foram indiciados por homicídio e também por organização criminosa", acrescentou Sandro Régis. O delegado ainda lembrou que a universitária foi a única passageira que não teve os bens roubados pelos assaltantes. 
 
Quanto aos seis foragidos, o delegado revelou que todos também devem ser indiciados por homicídio e por organização criminosa, totalizando nove pessoas indiciadas diretamente pelo homicídio, mas os outros três que responderão por favorecimento. 
 
Execução
 
Apesar de o cabo ter sido morto durante um assalto, Sandro Régis explicou que os 9 envolvidos diretamente na morte do policial não foram indiciados por latrocínio (roubo seguido de morte). No entendimento do delegado, Ildônio foi morto porque era policial. Todos os que tiveram participação direta na morte do cabo devem ir a julgamento por assalto qualificado (uso de arma de fogo e concurso de pessoas, que é quando as pessoas se unem para o cometimento de um crime) e homicídio triplamente qualificado, com os agravantes de não darem chance alguma de defesa à vítima, pela morte como facilitação para o assalto, e ainda pelo fato dele ser policial

"Matar um agente de segurança pública em exercício da função ou em virtude dela também é uma qualificadora. O que houve foi uma execução. Isso ficou claro para mim", concluiu o delegado. 
 
A Associação de Praças da Polícia Militar de Mossoró e Região dobrou de R$ 1 mil para R$ 2 mil o valor da recompensa para quem repassar informações que levem aos autores do crime. Uma força tarefa envolvendo policiais militares e civis segue fazendo buscas pelos bandidos.

G1 RN

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