Uma mulher de 30 anos admitiu à Polícia Militar que matou as duas filhas, de 6 e 10 anos, na área de sua casa, em Edéia, no sul de Goiás, a 129 km de Goiânia, na manhã de terça-feira (27/9).
Segundo o delegado Daniel Moura, ao ser presa em uma mata, Izadora Alves de Faria afirmou que envenenou, afogou e depois deu uma facada na filha caçula, Maria Alice, e outra na primogênita, Lavínia.
De acordo com a investigação, o crime foi praticado por volta das 9h. O pai das meninas encontrou os corpos na área ao chegar à casa no horário do almoço.
A mulher foi presa às 22h, em uma mata fora da cidade. A mulher foi levada para um hospital em seguida recebeu alta nesta quarta-feira (28/9). Ela deve ser interrogada na delegacia ao longo do dia.
O delegado disse ao Metrópoles que na casa havia um frasco de veneno para rato aberto e outro fechado, uma caixa d’água cheia com uma extensão elétrica ligada dentro, como se a acusada tivesse a intenção de eletrocutar as filhas.
A mulher não disse a motivação do crime ao ser presa.
“Os corpos das vítimas estavam na área da frente da casa, em cima de um colchão e cobertos por um lençol, com sinais de lesão por arma branca [faca]. Cada uma estava com um ferimento na região do tórax”, afirmou o delegado. O casal vivia na residência com as crianças.
De acordo com Moura, o pai das meninas encontrou as duas mortas ao chegar em casa para levar alimentos.
“Ele está totalmente abalado por causa das circunstâncias do crime. Está com muita perplexidade”, contou o delegado.
“Ele [o pai] se deparou com portão trancado, mas disse que estranhou porque tinha deixado o portão aberto. Ela [Izadora] não respondeu, e ele ficou meia hora chamando do lado de fora. Quando conseguiu entrar, ele viu na área um colchão e cobertor por cima do colchão. Ao perceber os sinais de sangue, tirou o cobertor e viu as duas filhas mortas”, relatou Moura.
O delegado diz que a linha de investigação está bem adiantada, considerando a forma como o crime foi praticado e que a mulher foi encontrada “a faca utilizada para matar as meninas”.
Moradores relataram aos policiais que a relação do casal era “conturbada” e que ela havia iniciado tratamento psicológico, mas que suspendeu há alguns meses.
A polícia deve ouvir mais testemunhas para concluir a investigação. Ela deve ser interrogada na delegacia ao longo do dia.
“Caso não surja algum fato novo e a situação se desenrole no caminho de investigação traçada, a mãe será indiciada por duplo homicídio com causa de aumento de pena por ser mãe e as crianças serem menores de 14 anos. Se for condenada, pode pegar até 100 anos de prisão”, explicou o delegado.
Metrópoles
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