quarta-feira, 12 de julho de 2017

Moro explica por que o ex-Presidente Lula não será preso (por ora)

O juiz Sergio Moro condenou o ex-presidente Lula a 9 anos e seis meses de prisão pelo caso tríplex. A decisão foi publicada hoje pelo juiz federal.

Apesar disso, Moro não pediu a prisão preventiva de Lula. “Poderá o ex-Presidente Luiz apresentar a sua apelação em liberdade”, escreve o juiz em sua decisão.

Moro relembra que Lula respondeu ao processo em liberdade e, nesse meio tempo, teria orientado a destruição de provas, de acordo com depoimentos de José Adelmário Pinheiro Filho e Renato de Souza Duque. “até caberia cogitar a decretação da prisão preventiva do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.”

“Entretanto, considerando que a prisão cautelar de um ex-Presidente da República não deixa de envolver certos traumas, a prudência recomenda que se aguarde o julgamento pela Corte de Apelação antes de se extrair as consequências próprias da condenação”, explica Moro.

CONFIRA MAIS: Veja a íntegra da sentença de Moro que condenou Lula a 9 anos e meio de prisão

Exame via Blog do BG


Lula é condenado por Moro a nove anos e seis meses prisão em primeiro processo na Lava Jato

O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, condenou a nove e seis meses prisão nesta quarta-feira (12) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista era acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, crimes nos quais estaria envolvido um apartamento tríplex no Guarujá (SP).

Neste processo, a suspeita contra o ex-presidente era de que ele havia recebido R$ 3,7 milhões em propina por conta de três contratos entre a empreiteira OAS e a Petrobras.

Segundo o MPF (Ministério Público Federal), que ofereceu a denúncia em 14 de setembro do ano passado, o valor teria sido repassado a Lula por meio do tríplex e do pagamento pelo armazenamento de bens do petista entre 2011 e 2016, como presentes recebidos no período em que ele era presidente.

Os procuradores pediram a condenação do ex-presidente à prisão, em regime fechado, e o pagamento de uma multa de mais de R$ 87 milhões. A Petrobras, que participou do processo como assistente de acusação, concordou com a posição do MPF.

Já a defesa de Lula pediu a absolvição de seu cliente e comparou o chefe da força-tarefa da Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol, a Hitler. Dallagnol ficou conhecido pelo uso de um Power Point ao apresentar a denúncia contra Lula.

A OAS, por sua vez, foi acusada de ter sido beneficiada em licitações referentes à REPAR (Refinaria Presidente Vargas), em Araucária (PR), e à RNEST (Refinaria Abreu e Lima), em Ipojuca (PE).

No total, esse esquema de corrupção, que operou entre 2006 e 2012, movimentou R$ 87.624.971,26 em propina, segundo os procuradores.

UOL via Blog do BG

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